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[Resenha] – Filhos da Senzala – Silvânia Dias

por Denielson Gonçalves
3 minutos de leitura

Filhos da Senzala: Você venderia 12 anos de sua vida por um grande amor?

No momento em que o Brasil discute a Portaria do Governo Temer que dificulta o combate ao trabalho escravo e o racismo de um dos mais importantes jornalistas do país, apresento a vocês a resenha de um livro sobre escravidão. Filhos da Senzala, da escritora mineira Silvânia Dias, conta a história de Francisco e Eugênia. Ele um jovem branco e livre. Ela uma linda parda que pertence ao Capitão Bartolomeu Moutinho, o temido dono da Fazenda Canteira.

Francisco é um jovem trabalhador que resolveu sair de casa após a morte da mãe. Sem um destino certo, ele larga o pai e o irmão e segue sem rumo até chegar na temida Fazenda Cantareira. Lá ele encontra o grande amor de sua vida, a escrava Eugênia. Mas esse amor será também o motivo do maior sofrimento de Francisco. Apaixonados, Francisco e Eugênia não pensam duas vezes: eles decidem se casar, mas existe aí um empecilho. Eugênia é de propriedade do temido Capitão Bartolomeu Moutinho, conhecido como o próprio demônio.

Pelo amor, Francisco que é branco, vai vender 12 anos de sua liberdade para o Capitão Bartolomeu, em troca da alforria de Eugênia. Mas o que ele não sabia é que o acordo era uma farsa. Nesses doze anos, os filhos do casal, que nasceram na Cantareira, eram de propriedade do Capitão. No desenrolar da história você descobre como o amor de Francisco e Eugênia sobrevive a todos os percalços e como o casal luta para garantir a liberdade dos filhos.

Filhos da Senzala é um drama que daria um bom filme. A história é forte, bem amarrada e com personagens bem definidos, além de bons núcleos de apoio. Destaque para o Coronel Bartolomeu Moutinho, um vilão típico de histórias de escravos, senhor da ‘casa grande’, sem escrúpulos, sem coração e torturador.

Silvânia Conta a história em uma narrativa ágil e bem organizada. O livro é contado em  terceira pessoa, com poucas falas dos personagens, mas a falta de diálogos não torna a história monótona e nem cansativa. Os capítulos pequenos e os rápidos acontecimentos deixam a história, muito bem escrita, ágil e agradável.

O livro “Filhos da Senzala” foi publicado pela editora Schoba.

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