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Drácula de Bram Stoker: a história que inspirou grandes obras vampirescas

por Elis Rouse
4 minutos de leitura

Drácula de Bram Stoker: a história que inspirou grandes obras vampirescas

A saga “Crepúsculo”, “Entrevista com um vampiro”, a animação “Hotel Transilvânia” e diversas outras histórias vampirescas existem graças à astúcia do romancista irlândes Bram Stocker que, lá em 1897, criou o universo “Drácula”, cujos detalhes serviram de grande inspiração para a indústria cultural.

Cada detalhe, como as transformações, os tormentos, os antídotos (alho, crucifixo e hóstia), tudo o que o vampiro é capaz de fazer foi apresentado aqui e, posteriormente, incrementado ao longo dos anos. Além dos personagens, o médico Van Helsing e o próprio Drácula, que ganhou versões desde quadrinhos a desenhos infantis e franquias de terror.

“Drácula” é um livro clássico apresentado em formato de diário, narrado por vários personagens, mas em especial o advogado Jonathan Harker, que abre a narrativa com a sua visita a Transilvânia e ao nobre Conde Drácula, que tem planos de sair da região sombria e misteriosa na Romênia e se mudar para Londres.  

Antes de chegar ao castelo, Jonathan recebe avisos sutis dos moradores locais, mas ignora por dificuldade na língua e por confiar no título de nobreza do Conde Drácula. Quem poderia imaginar o que acontecia por trás dos muros do castelo de um nobre. 

“Seja bem-vindo à minha casa! Entre por livre e espontânea vontade!” (pág.29)

A narrativa de Bram Stoker é composta por cartas, diários e transcrições de entrevistas, o que cria uma atmosfera enfática e tensa. Cada relato que, a propósito, carrega a personalidade e particularidade de cada narrador, traz pitadas da passagem do Drácula na vida de cada pessoa. 

Gostei das narrativas femininas que, em contraste com as masculinas, trazem pontos de vista interessantes sobre a visão das mulheres na sociedade da época. 

“Algum dia, um defensor da “Nova Mulher” vai lançar a ideia de que os homens e as mulheres deveriam poder ver uns aos outros dormindo antes de fazerem ou aceitarem propostas de casamento. Mas creio que, no futuro, a própria “Nova Mulher” não se contentará apenas com aceitação. Ela mesma fará a proposta. E o fará de forma perfeita!Sinto um certo consolo ao pensar assim.” (pág.121)

*

“Magnífica madame Mina! Ela tem o cérebro de um homem… um cérebro que, fosse o de um homem, faria dele uma pessoa brilhante… e o coração de uma mulher.” (pág.283)

Gostei também da narrativa do jovem médico Dr. Seward e suas interações e descrições com o “louco”. Seward é um personagem importante na caça ao vampiro por apresentar suas visões do ponto de vista da saúde e pela luta para salvar a vida das pessoas queridas.

Nada consegue impedir a chegada do vampiro a Londres, e nas terras inglesas ele deixará o seu rastro de destruição, inclusive ceifando um dos nossos narradores. Contudo, ajudará a formar um exército de caça-vampiros liderado pelo médico Van Helsing. 

A leitura não assusta tanto como eu imaginei que seria (morro de medo). Realmente tem uma aura sombria, mistério, mas flui pela curiosidade sobre o destinos dos personagens. Apesar de a leitura ser um pouco parada, principalmente por se tratar de diários, eu gostei bastante.

O livro é considerado um dos mais influentes da literatura de terror e é creditado por popularizar a figura do vampiro moderno. Além disso, “Drácula” é uma reflexão sobre o medo do outro e a luta entre o bem e o mal.

É uma leitura imperdível para fãs de terror e literatura clássica.

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