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[Resenha] Machamba – Gisele Mirabai

por Barbara Andrade
3 minutos de leitura

Machamba – Gisele Mirabai

Ao longo do mês de maio, tive a oportunidade de ler dois livros da mineira Gisele Mirabai: Onde Judas Perdeu as Botas e Machamba. Duas leituras delícias, cada uma com suas particularidades, mas com características marcantes da escrita da autora. Livros bastante narrativos, com poucos diálogos e muitas descrições de situações, sentimentos e, principalmente, dos personagens. E, em ambos, temos traços de uma das paixões de Gisele: viagens, lugares diferentes. Mundo!

Com Machamba, Gisele Mirabai venceu o 1º Prêmio Kindle de Literatura, promovida pela Amazon e pela Nova Fronteira. Premiação voltada para autores independentes. Um reconhecimento mais do que merecido pelo que é o romance escrito pela mineira.

Sinopse:
Machamba cresceu numa fazenda em Minas Gerais, em meio a cavalos e pés de laranja, lendo as Enciclopédias das Antigas Civilizações com o pai. Agora é uma mulher em Londres que se sente perdida. Nem ela mesma sabe o que aconteceu com a própria história. Até que começa uma viagem pelas antigas civilizações do planeta, Grécia, Turquia, Israel, Egito, e quanto mais caminha pelas ruínas do mundo, mais viaja em direção ao seu passado e ao Elo Perdido, o episódio fatídico que mudou para sempre o curso de sua vida.

O livro é uma narrativa sobre o passado e o presente de Machamba, protagonista que dá nome ao romance. De criança nascida em Minas à mulher que se perdeu ao longo da vida devido a diversos acontecimentos. O romance introduz o leitor na vida, nos conflitos e sofrimentos de Machamba, mas também em momentos felizes de uma infância vivida na fazenda em Fiandeiras. Ao longo do livro, temos diversas comparações e metáforas que dão um tom levemente infantil ao enredo. Como, por exemplo, quando a autora compara as piruetas de felicidade de Machamba a um tatu-bolinha em plena excitação.

Outro ponto de destaque são os momentos que citam Belo Horizonte. É sempre muito bom ler livros ambientados na nossa cidade e no nosso estado. Sentamos à mesa com Machamba em um bar de BH e vivenciamos a protagonista tentar gostar de cerveja. 

Narrado em terceira pessoa, o que eu particularmente adoro, Machamba é um romance cheio de surpresas, que te prende até o último parágrafo. Meu maior destaque vai para os detalhes narrados, são muitos os momentos de descrição, o que facilita o leitor “visualizar” as cenas e passagens do livro.

Sou do tipo de leitora que ama diálogos e, por isso, senti falta do recurso ao longo da leitura. Mas, no caso de Machamba, é compreensível!

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