
Love, Death and Robots
Love, Death and Robots – Nova série de Tim Miller e David Fincher tem estética incrivelmente bem feita, mas peca nas narrativas.
A Netflix lançou recentemente uma série que segue o formato de Black Mirror, mas com animações. Os criadores de cada narrativa são Tim Miller (Deadpool) e David Fincher (Mindhunter, Garota Exemplar).
Cada episódio de Love, Death and Robots tem sua própria história e nenhuma delas se conecta. Os episódios são, em sua maioria, diferentes tipos de animações e todas esteticamente incríveis.
Veja o trailer:
A história em comum de cada um dos 18 curtas é a ligação entre humanos e tecnologias avançadas. Com drama, suspense, ação e comédia ácida a série se preocupou muito mais com o visual dos episódios do que com as histórias em si.

Alguns dos episódios que merecem destaque são: “Beyond the Aquila Rift“, “Lucky 13” e “Shape-Shifters”, a computação gráfica é tão bem feita que em alguns momentos parece que são pessoas de verdade. Para quem está acostumado com jogos de vídeo game, esses três episódios chamam atenção logo de cara.

Outro que merece destaque pela sua estética é “Fish Night”, a animação 2D talvez seja o episódio mais bonito e bem montado da série.
Em relação às narrativas, poucos episódios surpreendem, “Three Robots” e “When The Yogurt Took Over” são os mais inteligentes e os que nos fazem pensar em como nossa sociedade está evoluindo, se é que está.
No primeiro, 3 robôs passeiam em uma cidade em ruínas questionando os hábitos humanos e como nós nos destruímos. No segundo, podemos refletir o quão perigosos podemos ser em posição de poder.
Alguns episódios são extremamente machistas e com cenas desnecessárias de violência. Com mulheres em posições de submissão ou sexualizadas, quando não, masculinizadas, parecem ser feitos exclusivamente para o público masculino. Cenas de violência extrema também causam um mal estar no espectador desavisado.

Love Death and Robots traz um tipo interessante de apresentação de narrativas já conhecidas. Curtas que prendem mais pelo visual do que pela história, mas que, com exceção de alguns episódios, são bem divertidos de assistir.
Minha dica é: leia a sinopse e escolha ver o que mais te interessa, nem todos valem a pena.
O texto é uma gentil colaboração da jornalista Isabel Félix. Agradecemos imensamente a sua confiança. Siga a Isabel na página @oficinageekreal
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