Camila Balthazar mergulha no universo feminino e seus dilemas de envelhecimento com a obra Sem tinta
Em uma sociedade que não aceita o envelhecimento feminino e exige que mulheres exerçam a feminilidade imposta socialmente, Camila Balthazar propõe um debate social e estético no livro Sem tinta. A obra aborda um movimento que, aos poucos, ganha mais adeptas: a aceitação dos fios brancos.
Se para os homens é uma questão de charme, para mulheres é um embate contra os padrões de beleza. Para a construção do debate apresentado pelo seu segundo livro de não ficção, Camila entrevistou mais de 30 mulheres entre cientistas, psicólogas, cabelereiras, grisalhas famosas da internet e uma rabina. Como resultado, é possível compreender que esse assunto está atravessado por questões de gênero, raça, classe social, saúde, etarismo e feminismo.
A autora mostra que o debate sobre a imagem da mulher que assume os fios grisalhos não está relacionada apenas ao campo afetivo. Muitas mulheres a relataram a Camila problemas profissionais:
Ouvi e li histórias de mulheres que foram pressionadas por seus chefes a pintarem o cabelo, mulheres que foram demitidas e até mesmo uma mulher com deficiência física, que relatou ter vivido mais experiências de preconceito no trabalho por conta do grisalho do que pela deficiência. Ou seja, enquanto tingia os fios, sua capacidade intelectual não era questionada. No entanto, ao descobrir os brancos, ela instantaneamente tinha ficado ultrapassada?
O livro pode ser encontrado na Amazon.
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