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Crítica | It – Capítulo dois

por Rafa Lima
6 minutos de leitura

Crítica | It-Capítulo dois

Uma das estreias mais aguardadas do cinema em 2019, It- Capítulo dois, vem com tudo pronto para testar todos os seus medos, mesmo que você já seja um adulto.

Confira o trailer: 

IT- Capítulo Dois, dirigido por Andy Muschietti, continua sendo um filme sobre medos e as diversas formas de combatê-los. 

Enquanto o primeiro filme da adaptação do livro de Stephen King flertava de longe com o thriller psicológico, IT- Capítulo Dois pode ser considerado aquele filme de terror em que é preciso segurar a mão do companheiro (a) enquanto assiste.

Em diversas cenas me perguntei se estaria assistindo algum filme da franquia de Jogos Mortais.  Em IT2, o famoso palhaço Pennywise desperta após 27 anos para aterrorizar, novamente, a pequena cidade de Derry. Desta vez, mais forte e assustador. 

A produção conta com um elenco de dar inveja em qualquer filme de Óscar. Com  James McAvoy (Fragmentado e X-Men: primeira classe) no papel de Bill; Jessica Chastain (Histórias Cruzadas e A Hora Mais Escura) como Beverly; Jay Ryan (Terra Nova) como Ben; Bill Hader (Star Wars – O Despertar da Força) como Richie; Isaiah Mustafa (Shadowhunters) como Mike; James Ransoe (A Entidade) como Eddie; e Andy Bean (Divergente) como Stanley Uris fechando, assim, o Clube dos Otários na versão adulta. 

IT Capítulo Dois nos revela um pouco mais sobre a história do palhaço assassino que, agora, não se alimenta apenas de crianças, mas também de adultos. Afinal, elas cresceram e o filme se passa quase 30 anos depois da primeira batalha.

Estaria o palhaço a espera de sua vingança? E o pacto de sangue que selou a amizade dos amigos, ainda está vivo? Essas são algumas respostas que os fãs da série buscam ao assistir a tão aguardada sequência. 

ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS. LEIA POR SUA CONTA E RISCO.

O clube dos “Losers”, ou otários na tradução, após “derrotarem” a Coisa no primeiro filme, seguiram com suas vidas deixando o palhaço assassino bem longe do presente. Apenas Mike, o garoto que perdeu os pais em um incêndio, decide ficar na cidade, todos os demais saíram de Derry e curiosamente não se recordam de detalhes macabros de seu passado. 

Quando eventos e assassinatos misteriosos (características bem conhecidas) voltam a aterrorizar a cidade de Derry, é hora de convocar e tentar reunir os integrantes do Clube dos Otários, onde quer que eles estejam. Todavia, agora a situação é outra, eles cresceram (e muito) e carregam diversas responsabilidades da vida adulta e, é claro, que haverá resistência em embarcar nessa aventura. 

Os amigos não se lembram mais de tudo o que aconteceu no passado e, com isso, precisarão passar por “testes” e encarar os próprios medos para conseguir  derrotar o palhaço novamente.

Divulgação

O filme mostra um pouco como perdemos o senso de grupo após nos tornamos adultos. Quando crianças, os integrantes do clube não pestanejaram em se reunir para destruir o monstro, entretanto, agora, além da ameaça real de morte, eles precisam enfrentar os próprios demônios e problemas mais que reais, como relacionamentos agressivos e conturbados.

Há muitas referências do primeiro filme e também flashbacks importantes. Alguns que, inclusive, não foram ao ar no primeiro filme, levando o público a entender algumas pontas que haviam ficado soltas.

Quem se lembra do valentão da escola Henry Bowers? Após cometer diversos crimes, ele é internado em uma clínica psiquiátrica. No momento em que Pennywise desperta, Henry consegue fugir com ajuda de uma entidade sobrenatural e o seu principal objetivo é perseguir o Clube dos Otários. 

Isso levanta uma questão extremamente significativa: enquanto adultos, precisamos lidar com ameaças reais e aquelas que se formam por abalos do passado. O palhaço monstruoso representaria então nossos traumas e  medos irreais, enquanto o valentão seria a intimidação real da nossa vida? IT – Capítulo Dois é um filme que me fez levantar esses questionamentos.

Antes de finalizar, é importante ressaltar a brilhante atuação do ator Bill Skarsgard na pele do assustador Pennywise. Seu sorriso e suas risadas marcam algumas das melhores cenas de terror do longa com destaque, é claro, para a maquiagem característica do palhaço dançarino que contribui, e muito, para tornar o personagem ainda mais sinistro.

De modo geral, é uma produção que merece atenção, com fotografia e edição invejáveis. Por outro lado, peca pelo excesso e comete o mesmo erro que filmes clichês de terror com espíritos: aquele que te leva a uma calmaria para em seguida te dar um susto, as famosas cenas jump scare, que, muitas vezes, são criadas apenas com o intuito de fazer o público pular da cadeira e acabam se tornando óbvias demais.

Enfim, IT – Capítulo Dois merece sua atenção e deve ficar nas salas de cinema brasileiras por algum tempo. Então, programe-se, assista e depois volte aqui para contar o que achou do filme. Combinado?

E, aí? Vamos flutuar? 🎈

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