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Luly Lage abre campanha de financiamento coletivo para publicação do seu primeiro livro

por Elis Rouse
8 minutos de leitura

Luly Lage abre campanha de financiamento coletivo para publicação do seu primeiro livro

Wish You Were Here – Um romance musical da escritora mineira Luly Lage já está disponível nas plataformas digitais, em versão e-book, e agora chegou a vez dos leitores terem o gostinho de ter em mãos o livro impresso.

Luly é tão apaixonada pelos livros que se formou em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), focando na restauração de papel. “Percebi que amava tanto os livros que queria poder medicá-los.”

Começou a escrever o romance Wish You Were Here aos 19 anos. Hoje, aos 29, ela buscou referência de suas escritoras favoritas para enfim, tirar a história do papel.

Conversamos com a autora sobre o seu primeiro livro, os desafios de um escritor independente e a importância da literatura.

O que os leitores podem esperar do seu livro?

Luly Lage: Eu escrevo de forma bem simples, mas MUITO sentimental. Então, os leitores, provavelmente, não irão se deparar com frases rebuscadas (que algumas vezes precisam ser relidas para serem entendidas), mas podem deixar escapar uma lagriminha aqui e ali… É uma história bem realista, que pode estar acontecendo agora em qualquer lugar do mundo, e acho que isso torna os sentimentos ali presentes mais tangíveis para todos nós.

Acho importante também ressaltar que as personagens principais têm entre 18 e 20 anos, então é bom que já saibam que elas terão atitudes condizentes com essa idade…

O que tem de você na história?

Luly Lage: Absolutamente TUDO! É uma história que se passa na minha cidade, com cenário universitário na mesma época que fiz faculdade, embalada pelas minhas bandas favoritas… E vou ser bem sincera aqui, a protagonista da história, Marie, se parece bastante comigo também, física e emocionalmente. A gente tende a escrever sobre o que entende né?

Tem algo do seu livro ou do seu escritor preferido na obra?

Luly Lage: Na história em si não, os aprimoramentos da versão final sim. Aprendi muito sobre feminismo com uma das maiores referências que tenho no assunto, que é a Chimamanda Ngozi Adichie, minha escritora favorita. Graças a ela – e várias outras mulheres que acompanho – consegui, ao longo dos anos, evitar algumas reproduções machistas que eu não sabia na época o quanto eram problemáticas… Nada de mais, mas sempre tem uma expressãozinha aqui ou ali que a gente solta e só depois percebe que não é algo legal de dizer… Fiz questão de substituir todas nas várias revisões que fiz.

Por que o título em inglês?

Luly Lage: Apesar de não ter diálogos cantados, como a maioria dos filmes do gênero, minha ideia é que esse seja um “livro musical”, com a trilha sonora presente de forma “física” na história. De todas as músicas que fazem parte dela, “Wish You Were Here”, do Pink Floyd, é a mais importante. O motivo dessa importância, porém, só vai descobrir quem ler o livro!

Eu sei que usar um título em inglês é problemático em diversos aspectos, reduz o público e não é muito inclusivo… Por muitos anos procurei por substitutos, mas não consegui nada que tivesse a mesma força que esse. Agora, nas vésperas desse projeto de publicação, contei com a ajuda de alguns amigos e criamos um subtítulo, que tenta amenizar um pouco os pontos negativos sem precisar trocar realmente. No fim, fez bastante sentido porque é muito comum que os títulos brasileiros de filmes musicais sejam assim, o original em inglês acompanhado de uma “explicação” em português… Achei ideal!

Quais os desafios de um escritor independente?

Luly Lage: Acima de tudo: dinheiro! Todas as minhas dificuldades do momento seriam sanadas se eu tivesse dinheiro para publicá-lo. Até com o financiamento coletivo no ar isso continua sendo um problema, porque tem várias pessoas querendo ajudar e comprar o seu, mas que não podem no momento. Imagino que para algumas pessoas seja ainda mais difícil, já que tenho MUITA ajuda gratuita na parte gráfica e na divulgação, mas é isto, publicar um livro custa caro em qualquer ocasião.

Qual o futuro da literatura?

Luly Lage: Pra mim o futuro da literatura é o e-book! É mais barato, sustentável, não ocupa espaço físico e com o tempo acho que a tendência é que fique até mais acessível e, consequentemente, inclusivo. Claro que amo livros físicos, mas entendo que precisamos pensar além das preferências pessoais quando o assunto é consumo… Também acho, ou pelo menos espero, que cada vez mais pessoas que queiram escrever possam ser lidas, que é o que está acontecendo comigo nesse momento.

Como seu livro pode contribuir para a formação de leitores ou para criar gosto pela literatura?

Luly Lage: Espero que ele seja para os leitores um entretenimento gostoso, pra se encaixar naquele momento em que você precisa relaxar e conhecer uma história nova, dessas que faz rir e chorar na medida. E, se tudo der certo, divulgar (nem que seja um pouquinho) as músicas maravilhosas que coloquei na trilha sonora, que já são clássicos, eu sei, mas clássicos que merecem ser sempre resgatados!

Wish You Were Here – Um romance musical

Marie: Mudar para outra cidade, sair da casa do pai, dividir um apartamento com a melhor amiga e, claro, começar a faculdade dos sonhos. Após seis meses de espera em férias intermináveis, Marie estava pronta para dar esses próximos passos, acreditando que juntos seriam o grande marco daquele ano que só parecia estar começando agora. Até que, em meio a tagarelices na escada e sacolas de compra derrubadas, ela conheceu David.

David: Metódico, extrovertido e uma daquelas pessoas de ótima memória que guardava informações sobre todas as coisas na cabeça. Ele também parecia estar disposto a conquistá-la, o que o tornava o protagonista perfeito para a primeira história de amor real da sua vida, fazendo com que finalmente se abrisse para novos sentimentos ao som de suas velhas músicas favoritas. Mas ela não poderia saber que essa trilha sonora estava prestes a se transformar radicalmente…

Financiamento coletivo:

Muitos escritores têm recorrido aos financiamentos coletivos para publicar suas obras, mesmo com a evolução de aplicativos de leituras, o livro físico ainda é um queridinho dos leitores. Publicar obra no Brasil, além de caro, muitas vezes não é rentável aos escritores.

A intenção da Luly é arrecadar o valor de impressão de 100 exemplares. As doações vão de R$10 a R$100, e cada valor superior ao mínimo, o doador pode levar o livro autografado, e outros mimos como marcadores de páginas e caneca.

“Todo o valor arrecadado aqui será convertido em livros impressos. A meta é conseguir comprar 100 exemplares, mas se não conseguir pedirei o número que for possível, de qualquer jeito,”conta Luly.

 Para participar do financiamento coletivo clique aqui.

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1 comentário

Luly 16 de agosto de 2019 - 15:31

Fiquei tão feliz, mas TÃO feliz de ver esse resultado de anos de trabalho – e realização de sonho! – aqui no LiteralMente, UAI… Muito obrigada por me darem um espacinho assim, com tanto carinho e coração aberto!!!

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