Passado e presente se unem na obra do mineiro Fernando Dusi Rocha, confira Aquando nem o inferno
Fernando Dusi Rocha desafia o leitor a mergulhar em uma obra que apresenta polos contrários. Através do lançamento Aquando nem no inferno, o autor une uma escrita considerada arcaica, baseada no cancioneiro galego-português, com temas contemporâneos complexos. Tradição e inovação se unem em uma história que critica as hipocrisias de uma sociedade conservadora.
A história se passa na fictícia Santa Vaia, interior de Minas Gerais, onde acompanhamos o boticário e maestro de uma banda local que vive com as filhas Celestina, Melibea e Areúsa. Em plena procissão da Sexta-feira da Paixão, Celestina se envolve em uma delicada situação, respingando em sua família. O pai, através de reflexões filosóficas e moralistas, tenta moldar o destino das filhas, principalmente da filha mais velha que busca aventuras fora do casamento.
O autor define suas intenções com a obra:
A dominância da aparência das coisas e pessoas nos anos 1950 e 1960, época em que transcorre a narrativa, chega a ser desprezível se comparada com os acontecimentos que vivenciamos agora, sobretudo diante do poderio das redes sociais sobre as pessoas, que nelas encontram lugar ideal para a dissimulação e o disfarce. Além disso, a hipocrisia da sociedade vigente na época do romance ganhou uma grandeza ostentosa nos dias de hoje. O falso moralismo filtrado no romance mostra-se agravado em progressão geométrica pelas engrenagens do conservadorismo em nossa sociedade contemporânea.
Lançada pela Editora 7 Letras, a obra está disponível nas principais plataformas digitais de vendas, inclusive na Amazon.
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