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500 dias com ela: Um filme transformado em metáforas

por Barbara Andrade
4 minutos de leitura

 

500 dias com ela: Um filme transformado em metáforas

Confesso que já assisti ao filme 500 dias com ela umas 10 vezes. O longa é uma comédia romântica-meio drama lançado em 2009 e é um dos meus filmes favoritos. Além disso, a produção tem como protagonista um ator que eu amo. Sim, eu amo o Joseph Gordon-Levitt (não me julguem por isso)! Também não posso deixar de acrescentar que também gosto da Zooey Deschanel. Os dois juntos formam o famoso casal Tom e Summer.

Nas primeiras vezes que assisti ao filme preciso dizer que odiei a Summer e tive pena do Tom. Hoje, tenho uma visão um pouco diferente das coisas e consigo ver os personagens como metáforas para quase toda situação da vida. Me perdoem se demais eu viajar!

Para quem ainda não assistiu ao filme, vou contextualizar sem dar spoilers. Tom se apaixona por Summer. Summer diz a Tom que eles não vão ter nada sério porque ela não quer e não acredita no amor. Tom acredita demais no amor e acha que vai conseguir fazer Summer se apaixonar por ele e serão felizes para sempre. FIM. (rs).  Sei que essa foi a pior descrição de um filme que alguém poderia dar, mas acho que deu para entender.   

 

Agora, vamos ao que interessa.

A expectativa que Tom deposita em Summer pode ser usada como metáfora para a vida. Nossa cabeça é um redemoinho de ideias que não pára nunca e pode construir uma ilusão de que algo ou alguém é perfeito e que uma “ação” do destino esteve a seu favor. E quando o coração (sentimentos) se alia a mente nessa vibe fica ainda mais difícil se convencer de que são apenas devaneios e expectativas exageradas. Nesse contexto, vem a famosa desilusão. Criamos expectativas em cima de alguma coisa e de repente a coisa não dá certo… putz! Seu mundo caiu.

Voltando ao filme, o mundo de Tom parece realmente ter caído quando ele percebe que Summer não é nada da figura que ele criou na mente.

A desilusão não precisa ser necessariamente amorosa. A vida decepciona as pessoas a todo momento. Talvez, o problema esteja justamente nas expectativas exageradas que criamos. Às vezes, até pautamos a vida por interpretações equivocadas daquele filme, daquela música, daquela história de amor com final feliz. Dentro disso, a cultura pop também pode contribuir na criação dessas expectativas e de frustrações. Enfim… talvez, nossas expectativas sejam muito influenciadas por uma cultura vazia, pouco real, cheia de finais felizes.

Quanto aos personagens, o Tom representa a sensibilidade, a emoção e o lado intenso de uma pessoa. Não me identifico com o personagem, mas entendo que a gente, às vezes, cria muitas expectativas e a decepção é uma droga!

A Summer é honesta e até um pouco insensível, já  que ela fala a todo momento que não quer nada sério. O problema é que ela dá corda para as demonstrações exageradas de carinho do Tom. Acho uma maldade o que ela faz com o Tom. Talvez, uma referência à maldade que a vida faz com a gente todos os dias.

O que fazer? Aprender a lidar com decepções.

A Coluna Território Livre é dedicada a análise de filmes e séries e outros entretenimentos. 

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