Súplica ao Divino
Num dia nublado
Minha mente vagou
Por um outro lugar…
Ao descobrir que
Minha mãe poderia
Nunca mais voltar
Recebi a notícia
Ao entardecer
Naquela noite
Não consegui adormecer
Lembro-me de um quarto
Com paredes brancas
Um ventilador
Que fazia
Um barulho irritante
E eu o olhava
Rodar…e…Rodar…
Enquanto ele
Machucava meus ouvidos
E meu psicológico
Um instante infinito
Uma noite horrenda
E interminável!
….
Então aconteceu
Fosse sonho
Ou não…
Eu estava ali
E agora já não mais
Eu comecei a ver
Areia, Dunas e o Sol
E tinha mais….
Havia…
Um homem ajoelhado
Na areia de mãos cruzadas
Olhando para o chão
Ele dizia palavras
O homem conversava
Mas, com quem?
Em prantos
Ele parecia suplicar
De forma ávida
Por sua causa
E tinha alguém
Em sua frente
Na mesma posição
Nesse momento
Abri os olhos
E pude me ver
Chorando
De joelhos ao chão
Em frente a meu pai
Suplicando um milagre
Que salvasse-à
Que não a deixasse ir
Que a mantivesse aqui
Um pedido egoísta
No fim do choro
Eu vi uma mão estendida
Em minha direção
Dizendo:
“Levanta-te”
“É hora de ir”
“Estou com você”;
Seja fruto
Da minha mente
Ou uma causa
Da loucura
Foi o momento
Mais real e intenso
De toda
Minha mera existência
Um momento singelo
Tão rápido e longo
Quanto possível
A súplica de um homem
Em prol
De um amor
Que é eterno
O amor de mãe
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