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Tornei de Luanda um kota

por Laiza Alves
2 minutos de leitura

Ricardo Aleixo, autor de Tornei de Luanda um kota - Crédito Natália Alves

O poeta mineiro Ricardo Aleixo apresenta ao público o lançamento Tornei de Luanda um kota, obra aborda o contexto social e político brasileiro

Ricardo Aleixo, artista e pesquisador de poéticas intermídia, lançou no último mês Tornei de Luanda um Kota. Abordando o contexto social e político brasileiro, a obra fecha um ciclo iniciado em 2015 com Impossível como nunca ter tido um rosto, seguido por Antiboi (2017), Extraquadro (2022) e Diário da encruza (2023).

Abraçando o mundo ao seu redor, pessoal e social, destacam-se os poemas Ela gosta muito de tudo o que gosta, dedicado à sua filha Flora, e Namoraria, abordando a orientação sexual na conservadora sociedade brasileira. O livro criou vida ano passado, quando o autor conheceu Luanda em sua primeira viagem ao continente africano.

Foi lá que eu me assumi plenamente como um “kota”, isto é, um velho, na acepção conferida pela cultura angolana ao envelhecimento. Um kota é alguém respeitado pela coletividade, não um ser descartável, como ocorre no Brasil e em muitos outros países em que predomina a praga do etarismo. Primeiro me ocorreu o título, que eu achei, num primeiro momento, que apontava para um livro de crônicas. Até que surgiu o poema-título, e logo outros, num processo de composição que durou cerca de um ano e meio.

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