Como se já não bastasse todas as lutas que nós, pessoas solteiras em uma cidade rodeada por opções, temos que enfrentar diariamente. Eis que do absoluto nada, uma nova febre se espalhou por BH, fazendo várias vítimas.
E se espalha de forma tão rápida, que parece com aqueles filmes de apocalipse zumbi, em que quase toda população é contaminada, sobrando apenas uma ou duas pessoas que se mostram resistentes ao vírus, vivendo uma vida de solidão, medo e fuga.
Tá, fui super dramática aqui! Mas foi só pra manter um suspense.
Mas, voltando ao assunto principal, no caso da nossa querida Belorihills, a febre que nos atacou foi: “Corridas de Rua”, e, aparentemente, estou vacinada contra isso!
Simplesmente não entra na minha cabeça que um lugar em que tá todo mundo correndo e suando… é o novo point de paquera.
O que aconteceu com os bares? Não era mais simples?
Você senta, pede um drink e/ou uma comidinha, fica dando umas olhadinhas, usa o guardanapo de papel da mesa para mandar recadinhos, contando sempre com a ajuda dos garçons (e eles adoram fazer isso). Bom, pelo menos sempre achei que eles adoram fazer isso…
Será que ninguém pensa o quão triste será a vida dos garçons se eles não puderem mais ser os “cúpidos” de novos casais?
Ou será que ninguém pensa que os 30+ solteiros não têm os joelhos tão bons para sair correndo por aí?
Super entendo essa vibe de uma vida mais fitness, que a nova geração pensa mais na saúde e tals, mas será que colocar cor de meia para separar quem tá solteiro de quem tá comprometido não é uma forma de segregação?
Tá bom, exagerei de novo!
Mas assim, falando sério, já tinha me acostumado que o recém-antigo novo point de paquera de BH eram os Cafés. Do nada começaram a brotar os famosos Cafés em tudo quanto é cantinho da cidade. Eu estava adorando, pois amoooo um cafezinho superfaturado, que além de tudo me rende uma mídia linda para o meu Instagram.
Será mesmo que não dá para estender essa moda só mais um pouquinho?
Ontem entrei no perfil de um antigo paquera, estava naquela vibe “não estou fazendo nada mesmo” então bora futricar. Pro meu desespero, a última foto do boy era em uma Corrida de Rua de supermercado famoso por aqui, juro! E sobre a legenda não preciso nem falar né: bem daquelas de autoajuda e superação.
Da onde este homem me tirou uma paixão pela corrida, meu Deus?! Se o nosso último date foi em um bar que estava justamente participando do festival “Comida di Buteco”.
Não dá para acreditar… não quero acreditar… e também não quero correr!
O que vai ser de mim? Mera mortal que ainda não encontrou essa tal paixão por correr.
Por enquanto, sigo aqui torcendo para o tempo passar rápido e que o novo point da paquera em BH seja um remember no bar.
Enfim, até queria entender as pessoas, mas o que eu gosto mesmo é de escrever sobre elas.
Aaah, e se por acaso ver alguém parecida comigo em alguma corrida por aí, saibam que foi de livre e espontânea pressão.
