Ficção de Sérgio Corrêa retrata a potência do amor no desenvolvimento das obras de Van Gogh, conheça Clara e Vincent
Fugindo das narrativas que associam o pintor Vincent Van Gogh à problemas psicológicos, Sérgio Corrêa cria uma nova atmosfera para explicar importantes obras do artista holandês. O lançamento Clara e Vincent oferece uma história aos apaixonados por romance e para os apaixonados por arte.
Na trama, o ainda desconhecido Van Gogh resolve passar uma temporada em Arles, no interior da França. Durante a estadia ele conhece Clara, uma jovem arlesiana que vende pão para ele todas as manhãs. Ela se apaixona pela arte e criatividade do pintor, sugerindo a ele incorporar novos elementos. Um dos resultados são belos girassóis, uma das telas mais famosas do artista.
Ao contrário de retratar Van Gogh através dos problemas psicológicos que ele enfrentou, o autor criou uma história de amor, empatia e apoio emocional, mostrando os resultados positivos na arte do pintor. Confira um trecho do encantamento de Clara pela pintura de Vincent.
Clara sentiu o ar lhe faltar. Ela tinha visto Vincent montá-lo, mas, de onde se encontrava, mesmo tendo uma imagem próxima do ponto de vista dele, nada daquilo que ali estava ressaltou aos seus olhos. Como podia ter ele visto daquela forma? A luz era exatamente aquela, lembrava-o bem. Ali estava um momento único, fixado na retina do pintor, transposto para a tela numa sobreposição de camadas de tinta que lhe dava composição tridimensional e faziam as imagens saltarem da tela numa pantomina de cores, acrescentando-lhe vida própria. Era a paisagem por detrás de sua casa, porém, como que vista em sonho. Um sonho maravilhoso, de cores intensas, explodindo de vida. (página 30)
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