Amarga Sinfonia de Auschwitz

Amarga Sinfonia de Auschwitz é um filme de 1980, inspirado no livro de memórias de Fania Fénelon. O filme conta a história de Fania e de outras prisioneiras do campo de concentração de Auschwitz.

Fania  era uma cantora talentosa e muito famosa na cidade de Paris. Era considerada “metade judia”, porque seu pai era judeu, mas sua mãe, não. Com a ascensão do nazismo, ela entrou para a resistência. Foi capturada e enviada para o campo de concentração de Auschwitz.

Cena filme

Já debilitada, devido ao sofrimento e maus tratos, sofridos no campo, Fania tem a oportunidade de entrar para uma banda de musicistas, obtendo assim, alguns “privilégios”, dentro do campo.

Esses privilégios se resumiam em poder ter uma escova de dentes, tomar banho todos os dias e usar roupas mais quentes. A banda era responsável por tranquilizar e entreter os nazistas e, principalmente por tocar, enquanto os prisioneiros eram encaminhados para o extermínio.

Sim, imagina você, prisioneira em um campo de concentração, usando o seu talento artístico para entreter seus algozes e distrair seus companheiros, sabendo que eles estão à caminho da morte? O filme vai tratar essa questão de forma muito tocante. Percebemos o conflito interno sofrido por Fania e a sua difícil missão de sobreviver. De um lado, temos esse desejo de sobrevivência, de se manter viva diante dos horrores da guerra, do outro, temos a necessidade de manter o sangue frio, sem “olhar pela janela” pra não ver os horrores que acontecem do lado de fora do barracão.

Cena filme

O filme possui muitas cenas tocantes, como por exemplo, a viagem de trem, com vagão lotado. O corte de cabelo das judias e muitos diálogos emocionados e exaltados, protagonizados pelas prisioneiras. Um recurso interessante utilizado durante o filme, são as cenas reais de bombardeios e de judeus chegando ao campo de concentração. Essas cenas são misturadas com partes do filme, dando assim, um choque de realidade ao telespectador.

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Após assistir a Amarga Sinfonia de Auschwitz, você fica com aquela sensação de onde a maldade humana pode chegar. Durante o filme, as prisioneiras travam uma discussão se os nazistas são humanos ou são monstros. Acredito que, a ascensão do nazismo e as atrocidades cometidas por eles, são um retrato de uma sociedade doente que, de certa forma, perdeu a humanidade.

Você consegue encontrar esse filme na Netflix. Recomendo, é sempre importante lembrar o quanto o ser humano consegue ser cruel.

 

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