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The Briar U é o spin off de uma série deliciosa que a gente ama, Amores Improváveis

por Elis Rouse
11 minutos de leitura

The Briar U é o spin off de uma série deliciosa que a gente ama, Amores Improváveis, da escritora canadense Elle Kennedy.

Especialmente para quem amou a série Amores Improváveis, The Briar U é a chance de matar a saudade dos nossos personagens favoritos e curtir novas e emocionantes histórias de amor. 

Amores improváveis certamente é uma das melhores séries da literatura erótica, principalmente por trazer os bastidores do mundo universitário americano, com jovens sendo jovens, vivendo seu momento em busca da carreira de sucesso, explorando muita sexualidade e o prazer de se apaixonar. Espertamente, a autora Elle Kennedy decidiu prolongar o sucesso contando a história de outros personagens que, mesmo aparecendo discretamente, tem muito conteúdo para ser explorado, além da inclusão de novos e apaixonantes casais.

É o caso de Summer, a irmã “inconsequente” do Dean, que tem um momento bem legal no finalzinho do livro 3 (O Jogo) da primeira série, em que aparece de surpresa na república dos atletas (após ser expulsa da universidade em que estudava em um evento envolvendo fogo), despertando ciúmes em Allie (namorada do Dean) e causando constrangimento no irmão (pelo jeito super sincero de ser) ao soltar a seguinte frase quando vê o nerd Fitz passar ao seu lado: “eu quero esse homem”. kkkk 

E é esse querer que vamos acompanhar no primeiro livro da série The Briar U – The chase — traduzindo livremente é literalmente “a caçada”. É a história de um cara completamente reservado, que praticamente não fala, e uma jovem expansiva, carismática e livre. Fitz acha Summer superficial e vazia, Summer acha Fitz sério demais e preconceituoso.

É uma leitura divertida e ao mesmo tempo amarrada, porque os dois têm personalidades muito diferentes e bem destacadas pela autora. Fazer se entender, expressar sentimentos claramente para o objetivo de ficar juntos vai ser um grande desafio. Por isso, é um livro com mais promessas, pensamentos e menos ação, com cenas marcadas mais pela conquista e tensão sexual do que pela pegação em si, como nos livros anteriores. Mas quando vem o sexo, de fato é muito intenso, e as cenas foram bem escritas, apesar de que os dois não terão paz para se curtir — rolam umas interrupções nos momentos íntimos que, apesar de “furtar o clima”m são contudentes para a história. Inclusive, essa falta de diálogo e clareza é um dos gatilhos para o triângulo amoroso envolvendo o casal e Hunter, também personagem da série anterior — um dos pupilos do Dean. 

Summer e Fitz têm marcas no passado e na vida que poderão interferir nesse romance. Descobrimos que essa timidez de Fitz e o fato de nunca querer chamar atenção para si tem um motivo que envolve a sua relação com seus pais. Já Summer é muito mais do que a carapuça que veste, é uma menina que lida com TDAH e déficit de atenção, e que precisa se superar na faculdade. Inclusive, lidará com um episódio de assédio. 

Nessa história, novos personagens surgem: Brenna, que é filha do treinador Jensen; Jake, jogador do time rival da Briar; Rupi, que vai ficar encantada pelo Hollis (morador da república); além de Hunter, que se envolverá com Summer e essa paixonite custará caro ao time e a amizade com Fitz. Os ganchos necessários para dar continuidade à série.

The Risk – O dilema de Brenna e Jake 

Quando a gente lê uma série, tem sempre aquele livro preferido, aquele que toca mais e nos deixa em polvorosa para saber o desfecho. Nas séries do universo Briar eu me senti assim com três histórias: Logan e Grace, Dean e Allie e agora com Brenna e Jake, porque simplesmente tem tudo pra dar errado e muitas histórias (rolês) alternativas envolvendo os dois e outros personagens da série.

Importante destacar que os livros da série não têm um intervalo grande entre as histórias. Dessa forma, seguimos uma cronologia de maneira que decisões de personagens de outra história e suas ações vão interferir diretamente na leitura atual.

Dito isso, Brenna é a filha do treinador Jensen, personagem muito citado e determinante em várias histórias. Ele não tem uma boa relação com a filha e saberemos o motivo em um momento determinante da história. Brenna é uma mulher livre, estonteante e muito bonita. É fanática por hóquei e pelo time da Briar, quer ser jornalista esportiva e busca espaço no meio que sabemos ser totalmente dominado por homens. É super amiga da Summer e dos jogadores comandados pelo seu pai — se envolver com um deles está totalmente fora de questão, mas e quanto a se apaixonar por um dos maiores rivais do seu time?

Jake é a grande promessa da temporada. Joga pelo time de Harvard, que é um dos principais rivais da Briar. É bonito, esforçado e já tem contrato para jogar na liga profissional no Canadá logo que se formar. Não quer distrações, principalmente agora no final da temporada, mas justamente a filha do treinador rival tem feito ele perder o sono. Jake se encanta pelo jeito decidido de Brenna e resolve ajudá-la a conseguir um estágio em um portal de notícias de hóquei.

Desde o livro anterior, as interações entre eles são muito legais. Sempre com tiradas sarcásticas de Brenna e provocações. A tensão sexual entre eles é uma das mais bem construídas pela autora. Claro que viver esse romance será um grande desafio. 

O dilema de Brenna e Jake vai muito além da rivalidade esportiva entre eles. Haverá problemas relacionados ao passado dos treinadores (Briar x Havard), às expectativas para a construção de um futuro e como essas relações precisam de uma base sólida para resistir.

A conquista é divertida, a entrega deles é explosiva e a vivência é suave e fará bem aos dois. Foi a história que mais ri, porém, não podemos ignorar as pautas sérias que a autora levanta, como machismo no ambiente esportivo, vício das drogas, relacionamento abusivo e violência.

The Play – Os desencontros de Demi e Hunter

Vamos lembrar que a paixonite do Hunter pela Summer teve consequências inimagináveis para o time de hóquei da Briar, que não apenas ficou de fora do nacional, como perdeu para o seu rival com uma partida brilhante de Jake. 

Eleito capitão, agora Hunter quer ser exemplo, se redimir com o time e focar na temporada que se inicia. Para isso, eis que temos um voto de celibato, porque para ele, o sexo desenfreado foi um dos motivos que levou ao fracasso da temporada. Veremos até quando o póbi coitado vai manter essa seca.

Demi é uma jovem divertida, legal, quer ser psicóloga, mas sofre a pressão do pai para seguir os seus passos na medicina. É a primeira protagonista latina da série e a autora destaca os trejeitos e a cultura da família dela e do seu namorado, Nico, que é cubano. Demi namora Nico desde os seus 13 anos. 

Demi e Hunter nunca se viram, mas passaram a conviver em razão de uma aula em comum e de um trabalho em que os dois precisaram simular sessões de terapia. Assim, nasce uma linda amizade entre eles, baseada na confiança e bom humor. Nessas sessões, os dois se abrem e percebem como a imposição e ações de seus pais influenciam suas vidas.

Gostei muito da construção dessa amizade, é divertida e modesta, e os laços realmente são mais fortes por isso. Demi e Hunter são um casal mais pé no chão. Os dois demoram a engatar, muito em razão do celibato de Hunter e pressão do ex da Demi. 

É a história de amor deles, mas também tem pinceladas na vida dos casais que já conhecemos, inclusive haverá um casamento.

Ao longo de toda a série, a autora inseriu diversos assuntos como pano de fundo da história do casal principal. Neste, ele trouxe, entre outros tópicos, discussão de casos clínicos da psicologia e como esses transtornos afetam, transformam e colocam vidas em risco. Uma abordagem muito legal e totalmente diferente de tudo o que a autora apresentou ao longo dos oito livros da série.

The Dare – O jogo de Taylor e Conor

Ao que tudo indica, esse é o livro que fecha a série Briar U, porém, além de ficar com gostinho de quero mais, deixou vários desfechos em aberto e o crescimento de personagens que têm muito a entregar ainda — fiquei curiosíssima pra saber mais sobre o futuro da Sasha, melhor amiga de Taylor. A amizade entre elas é linda e é um diferencial da série.

Taylor é uma jovem que faz de tudo para ser invisível na fraternidade em que faz parte. Além de uma experiência totalmente traumática no ritual de iniciação na moradia, ela também não se sente dentro dos padrões de beleza estipulados para as universitárias (magricelas altas). Ela sempre cita seios muito grandes e muitas curvas. 

As festas da fraternidade são um tormento para Taylor e Sasha, e mesmo dentro da invisibilidade programada, elas ainda sofrem com o bullying das colegas. Desta vez, Taylor é desafiada a levar o garoto mais bonito da festa para a cama — que por acaso é, nada mais, nada menos, que Conor Edwards, destacado nos outros livros da série como um pegador nato, um verdadeiro Deus grego.

Taylor vence o desafio fazendo um acordo com Conor, contando toda a verdade para ele. O bonitão aceita participar da farsa, mas se encanta com o jeito sincero e divertido de Taylor, além de se interessar bastante (modo gentil para tesão) pelos atributos físicos que ela tanto odeia.

O dilema são as inseguranças de Taylor, o passado que volta para assombrar Conor, aquele primeiro dia de fraternidade que revela uma situação constrangedora para Taylor e as colegas de fraternidade dela, que são uns embustes. 

É uma história mais romântica, estilo das comédias de Sessão da Tarde. O final é legal, mas não fez jus à potência da série.

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