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Então é isso, o Skank acabou…

por Caroll Freitas
3 minutos de leitura

Então é isso, o Skank acabou…

Foi bem assim que descobri que boa parte da minha infância, adolescência e vida adulta chegou ao fim: Eu pensando em tudo que já tinha perdido, rolando o feed do meu Facebook e vejo um comunicado na página oficial da banda que dizia algo do tipo “Skank pára por aqui”.

E foi assim do nada, sem dar indícios de que estava acabando…

Estava tudo muito bem, há um ano mais ou menos eles lançaram a música Algo Parecido que pra mim é surreal, escuto ela no repeat até enjoar (apenas naquele momento) e mudar para Ali, também no repeat. E de repente pluft! Acabou!

Tanta coisa passou pela minha cabeça enquanto eu lia aquele comunicado, porque assim, eles eram a minha banda… MINHA! Aliás, eles são a minha banda. Olha eu aí já falando no passado. Droga!

Sabe qual foi o primeiro vídeo adulto que eu assisti na vida? O clipe de Garota Nacional. Eu devia ter uns 10 anos e fiquei chocada, esses caras eram muito à frente do seu tempo mesmo. Óbvio que assisti escondido.

Comparando com hoje, não tem nada de mais. Mas naquela época e eu com dez anos, putz! Era algo mais proibido que eu já tivesse assistido, me senti uma rebelde, principalmente porque eu adorei. Me julgue!

Meu sonho era ser a garota nacional, nem ia me importar de dançar com as tetas de fora.

Se passaram 16 anos, mas mesmo assim é só colocar um vestido preto e pronto, olha lá eu me sentindo a garota nacional.

Perdi as contas de quantas vezes ouvi Vamos fugir pensando em fugir mesmo. Essa música te desperta a vontade de viver o novo e em outro lugar.

Alguém pode me dizer se já ouviu algo mais lindo do que Resposta ou Dois rios? 

Enquanto toda essa confusão na minha vida de perder pai, perder tio, perder amigo, perder boy e agora perder a banda favorita, sigo lindamente e um pouco sofridamente com a trilha Acima do Sol.

E a Formato Mínimo que é uma música da década passada, mas que é super atual (como tudo que eles fazem), o amor tem sido tão entregue em seu formato mínimo, que nem parece uma música e sim uma previsão.

O Skank não tem o direito de acabar ou dá um tempo com a banda, ou melhor, até tem, porque a banda são eles e deles. Mas graças a Deus eles não podem acabar com as músicas, então sigo ouvindo enquanto eu viver e peço licença pra banda Capital Inicial, que eu também amo, pra definir esse momento: “tudo que é bom dura pouco e não acaba cedo”. 

Veja outras crônicas: 

Menina segura o vestido

Sonho de menina apaixonada

A impossibilidade do abraço

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