Até onde vai a busca por perfeição? Descubra através da obra Perfeição Desfeita
O escritor paulista Sidnei Luz não apresenta um protagonista em Perfeição Desfeita, mas vários. Uma teia literária na qual nenhum dos quatro personagens é o narrador, apesar de ser escrita em primeira pessoa. Um quinto elemento, uma consciência coletiva, tem a missão de narrar essa ficção cujo enredo propõe o diálogo sobre as consequências da busca pela perfeição.
Acompanhamos, através da obra, as três gerações de uma família de migrantes nordestinos. Os primeiros familiares apresentados aos leitores é o casal Geralda e Francisco, que saem do interior de Pernambuco para São Paulo em busca de melhores condições de vida. Na nova cidade, passam a enfrentar problemas financeiros e o alcoolismo.
Em São Paulo, o casal teve Ângela, uma garota albina e de saúde debilitada, que sofre bullying na escola. Com o passar dos anos, ela decide ser mãe por inseminação artificial. O médico propõe uma manipulação genética, para gerar o filho perfeito. Assim, nasce Ézio, que possui uma analgesia congênita e passa a ter seu convício social restrito.
O avanço tecnológico e novas configurações sociais também estão presentes na trama.
Nos dias da infância de Ézio, a tendência da desrealização dava seus derradeiros sinais.
A tecnologia do metaverso contribuía na condução da sociedade para uma espécie de
virtualização do real. Um fenômeno de uma época que evoluiu a coisificação da existência.
Pessoas viviam vidas em seus avatares. Elas consumiam, se divertiam, viajavam, se apaixonavam,
brincavam, tudo virtualmente. (Perfeição Desfeita, p. 102)
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