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Olhar de Vidro

por Dillian Resende
4 minutos de leitura

Olhar de Vidro

 

Vejo seu Olhar…

Mas, ele não me vê

É um olhar sem vida

De quem só espera

 

Que algo aconteça

Que o outro fale

Que o outro perceba

Que o outro faça

 

Vejo olhares…

Através das telas

E neles

Percebo

 

Um mundo

Dominado por Máquinas

No qual, o ser Humano

Vem em segundo plano

 

Não ter sentimento

É um desejo amargo

De quem já sofreu

Convertendo pessoas

 

Em máquinas…

Feitas de Ferro

Moldadas em Gelo

Muros nas emoções

 

Programados para

Realizar ações

Simples e apáticas

Programados para

 

Desejar o fim

Do dia, da semana

Do mês, do ano…

O fim da vida!

 

Transformando o outro

Na máquina

Sem importância

Sem desejos puros

 

Com olhares turvos

De quem

Não sabe como

Devolver o olhar!

 

 

Gostou dessa poesia? Se inspire! Leia mais:

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Máscaras

 

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