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[Resenha] – O caso dos dez negrinhos – Agatha Christie

por Josi Gonçalves
5 minutos de leitura

O caso dos dez negrinhos – Agatha Christie

Se tem uma autora que sabe fazer suspense policial que prende o leitor, é Agatha Christie. A autora tem uma coletânea gigantesca de livros em que imperam a investigação e, claro, descobertas surpreendentes e sempre um vilão inesperado. “O Caso dos Dez Negrinhos” não foge ao estilo e tem uma narrativa ágil e intrigante, que flui rapidamente e nos deixa vidrados, tentando encontrar aquele detalhe que entrega o segredo da história. Não é atoa que este é o livro que nosso autor do mês de novembro (2017) Raphael Montes mais adora e que o inspirou na vida de escritor.

Em “O Caso dos Dez Negrinhos” que atualmente é editado como “E não sobrou nenhum”, dez pessoas desconhecidas são convidadas a passar um final de semana em uma mansão gigantesca e isolada em uma ilha. A única propriedade nesta ilha é essa casa, não há mais nada no entorno. Na primeira noite um megafone é ligado e uma voz recita o poema dos Dez Negrinhos. A partir deste momento, as pessoas começam a ser assassinadas misteriosa e sucessivamente e seguindo a mesma lógica do poema.  Obviamente, além do medo que se instaura, ainda se inicia as tentativas frustradas de desvendar os crimes e a sensação que o inimigo pode estar ao lado, Literalmente.

Obviamente que tentei criar teorias e em um dado momento eu já tinha certeza que sabia o segredo da história. Mas quando cheguei ao fim, tomei um plot twist bem na cara. Que final surpreendente! Te garanto que você não vai adivinhar a identidade do assassino.

 

É um livro curto, com uma leitura muito rápida, que não enrola para entregar os acontecimentos e não deixa a desejar nas surpresas, no suspense e, claro, na revelação final.

Poema que é sempre mostrado a cada morte que ocorre:

Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;

Um deles se engasgou e então ficaram nove.

Nove negrinhos sem dormir; não é biscoito!

Um deles cai no sono, e então ficaram oito.

Oito negrinhos vão a Devon de charrete;

Um não quis mais voltar, e então ficaram sete.

Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis

Que um deles se corta, e então ficaram seis.

Seis negrinhos de uma colméia fazem brinco;

A um pica uma abelha, e então ficaram cinco.

Cinco negrinhos no fotro, a tomar ares;

Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares.

Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez

O arenque defumado, e então ficaram três.

Três negrinhos passeando no Zoo. E depois?

O urso abraçou um, e então ficaram dois.

Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum;

Um deles se queimou, e então ficou só um.

Um negrinho aqui está a sós, apenas um.

Ele então se enforcou,

e não ficou nenhum.

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