Março é o mês das mulheres
Ser mulher, muitas vezes, não é nada fácil! Os desafios e barreiras a serem superados são muitos e estão por todas as áreas. Na literatura não é diferente, mas por amor a esse universo literário elas venceram barreiras. Mesmo quando o mercado literário não era aberto e receptivo às mulheres, elas chegaram e mostraram seu talento! Lançaram estilos, apresentaram tendências, conquistaram prêmios, foram reconhecidas em todo o mundo, incrementaram a literatura e se tornaram exemplos para a nova geração.
As mulheres escritoras marcaram para sempre a literatura mundial e, aos poucos, foram abrindo espaço para um novo olhar e acrescentando o espírito feminino nessa área que tanto nos fascina. Neste mês de março, não vamos escolher um apenas um autor para representar o mês, mas prestaremos uma homenagem as escritoras que fizeram e fazem história na literatura.
As dificuldades foram muitas, mas elas superaram-se, tiveram coragem, e nos presentearam com obras encantadoras que ganham fãs até hoje. O que falar de nomes como Nísia Floresta, Raquel de Queiroz, Clarice Lispector, Nélida Pinon, Jane Austen, J. K. Rowling, Lygia Fagundes Telles, e tantas outras?
Sabemos que o mercado ainda apresenta barreiras para o público feminino e mesmo tendo conquistado espaços importantes na literatura o número de escritoras segue menor em comparação aos escritores. Mas, para nossa alegria, elas continuam em busca de mais espaço, igualar dados que demonstram que são minorias e de mostrar todo seu potencial para o mundo assim como fizeram as escritoras que vamos conhecer abaixo.
Considerada a primeira mulher a publicar no Brasil Nisia Floresta Brasileira Augusta fez história. É nascida no Rio Grande do Norte, se destacou rompendo o espaço particular dos homens na Literatura e publicou textos em jornais. Seu primeiro livro publicado que trata dos direitos das mulheres à instrução e ao trabalho foi “Direitos das mulheres e injustiça dos homens” (1932). Nísia lutou pela educação das mulheres e criou em 1838 uma escola para elas, na qual ensinava línguas, ciências naturais e sociais, matemática e artes, além de desenvolver métodos pedagógicos inovadores.
Nascida em uma época que mulheres sequer tinham o direito de sonhar em escrever, Jane Austen ultrapassou os limites e lançou clássicos que fascinam os leitores até os dias atuais como “Orgulho e preconceito”. Seus romances foram publicados anonimamente e o reconhecimento do seu trabalho só veio 52 anos depois da sua morte. Mas, como toda revolucionária, ela sofreu algumas consequências, como, por exemplo, a queima das suas correspondências pela própria família, que queria moldar sua imagem como mulher delicada e fácil de lidar. Austen é um símbolo da literatura!
Primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras (1977), Raquel de Queiroz é uma referência para a literatura. Vinte anos antes de conseguir essa inserção ela já recebia na Academia o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. Raquel é conhecida por tratar de temas sociais e expôr, de forma dramática, a realidade e as lutas travadas pelo povo nordestino contra suas assombrações: miséria e a seca.
Conhecida como uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX, Clarice Lispector é considerada uma das principais influências da nova geração de escritores brasileiros. Nasceu na Ucrânia, veio para o brasil ainda pequena, e era assumidamente brasileira. Sua narrativa tem uma forma intimista e as impressões e sentimentos dos personagens assumem o primeiro plano. Suas obras estão repletas de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas.
Primeira mulher a ser Presidente da Academia Brasileira de Letras (entre 1996 e 1997), Nélida Pinon, desafiou convenções ao longo dos seus quase 60 anos de carreira literária e acompanhou várias etapas do movimento feminista. Em entrevista para o jornal O Globo a autora afirma não gostar do termo “literatura feminina” e diz que “escrever é obrigatoriamente visitar o coração do pensamento. A mulher, embora recente no mundo canônico da cultura, é herdeira de todos os saberes humanos. Ela tem um coração tão polissêmico quanto o coração masculino. Você não fala em literatura masculina; você fala em literatura, e de preferência boa literatura. Eu acho que a literatura da mulher ocupa todos os espaços da humanidade”.
Primeira escritora brasileira indicada ao Nobel de Literatura, Lygia Fagundes Telles é uma das escritoras mais celebradas e premiadas. Em seus romances e contos, trouxe para o imaginário dos leitores as histórias que ouvia. O romance “Ciranda de Pedra” (1954) é considerado o marco de sua maturidade intelectual. Sua obra é vista como comprometida com a condição humana dentro da circunstância de seu país.
Não podemos deixar de mencionar uma escritora que reúne milhões de fãs de todas as idades, J. K. Rowling. Essa conhecida autora britânica deu vida às histórias do bruxo Harry Potter. Ela teve uma vida conturbada até se consagrar e vender mais de 400 milhões de cópias com suas 10 obras referentes ao Harry Potter. A autora é conhecida pela criação de cenários fantásticos, personagens inusitados que exploram as relações de amizade com muita magia envolvida em suas obras.
Infelizmente não conseguimos representar em um único texto todas as mulheres que marcaram e marcam o universo literário brasileiro e mundial. Mas, queremos parabenizar a todas, que com suas maravilhosas obras, trazem luz, esperança, amor, força, entre tantas outras coisas, para os amantes da literatura.
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