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Humor e ironia marcam as obras de Felipe Barenco

por Barbara Andrade
8 minutos de leitura

Humor e ironia marcam as obras do carioca Felipe Barenco

Se você ainda não conhece Felipe Barenco, te convidamos a se aventurar por suas histórias. A literatura narrada pelo escritor carioca, nascido em Petrópolis, tem uma mistura deliciosa de drama e comédia, passando por assuntos atuais e surfando na onda da modernidade ao citar memes e artistas dos dias de hoje.

Em 2014, o autor lançou seu primeiro livro, Fake, um romance LGBT cativante e divertido. Mais tarde, em 2018, foi a vez de Doiscincomeia, uma história recheada de personagens maravilhosos em torno de um mistério a ser desvendado.

A história de Felipe Barenco com a literatura começou ainda na infância e contou com o importante incentivo do pai. “Quando eu era criança, meu pai trabalhava numa editora e sempre trazia livros para mim. Além disso, eu amava ler gibis”, destaca o autor.

Segundo Barenco, o prazer em ler foi o início de uma vida cercada pela literatura. “Por conta leitura, sempre gostei muito de escrever. A primeira vez que arrisquei algo para outras pessoas lerem foi num blog. Depois disso, entrei para o curso de Direção Teatral na UFRJ e comecei a escrever peças de teatro. Foi assim que me tornei profissional”, conta.

Mas, não pense que a vida de escritor foi fácil para Barenco. Para publicar seus livros, o autor criou sua própria editora e os publicou de maneira independente. “Mandei o original para grandes editoras, mas não obtive retorno. Como entendia que trazer um livro nacional com protagonismo gay era ‘urgente’, decidi empreender. Foi maravilhoso, pois assim cuidei de todo o processo de produção e deixei o livro como sempre sonhei”, explica Felipe.

Entrevistamos o Felipe Barenco! Vem conhecer mais sobre ele e ficar com água na boca para ler seus livros.

LiteralMente, UAI: Como é o seu processo de criação?

Barenco: Gasto bastante tempo concebendo a história e só sento para escrever quando ela já está pronta na minha cabeça.

LiteralMente, UAI: O que não pode faltar nas suas obras? Qual a sua marca?

Barenco: Humor e ironia.

LiteralMente, UAI: Fizemos um rodízio entre amigos com o livro “Fake”. Todos leram e depois fizemos um bate-papo. O mais legal foi que pessoas que não têm hábito de leitura leram o livro muito rapidamente e gostaram. Como é para você saber que sua obra pode ser a “porta de entrada” para novos leitores?

Barenco: Ah, eu fico muito feliz! Nesse momento, a minha única pretensão é que o público jovem se apaixone pela leitura. Às vezes, quando a pessoa se depara com uma leitura mais “difícil” logo de cara, ela pode encarar  o livro como algo chato e não volta mais.

LiteralMente, UAI: Ainda no tema “formação de leitores”, você acredita que exista uma forma de fazer com que as pessoas leiam mais?

Barenco: Acredito que as escolas e os professores têm um papel importante nesse processo. Deveriam estimular e permitir que os alunos escolhessem o que desejam ler.

LiteralMente, UAI: Como o livro pode disputar a atenção das pessoas em meio a tantas tecnologias?

Barenco: A leitura é uma experiência única e as pessoas só precisam saber disso. Por isso é tão importante o papel dos blogs e booktubers, que estimulam a paixão nesse público.

LiteralMente, UAI:  Se pudesse indicar um livro para quem nunca leu por prazer, qual seria?

Barenco: Harry Potter, claro!

LiteralMente, UAI: Qual é o livro que você ama muito e já leu várias vezes?

Barenco: Dom Casmurro. (aliás, a estrutura de Fake em capítulos bem curtinhos foi inspirada nele e até cito o Bentinho).

LiteralMente, UAI: Cite um livro que te marcou.

Barenco: Os gibis me marcaram muito. Eu ficava ansioso para chegar domingo e ir até a banca de jornal com meu pai.

LiteralMente, UAI: Qual autor/autora te inspira?

Barenco: O dramaturgo Mauro Rasi.

Ping Pong

Ler é… criar junto com o autor.

Escrever é… se expor.

Ser escritor hoje no Brasil significa… uma grande responsabilidade.

Agora, vem conhecer os livros do Felipe Barenco

Fake

Fake narra a história de Téo, um jovem que vive a dúvida se deve ou não contar para a família que é gay. Em meio a esse dilema, ele se apaixona por um rapaz misterioso ao mesmo tempo que entra com tudo na tão temida vida adulta. 

Um romance delicioso de se ler, leve e repleto de momentos marcantes. Durante a leitura, é possível rir, se emocionar, comemorar e torcer por um “felizes para sempre”.

Leia a resenha completa aqui

Doiscincomeia

Doiscincomeia tem a sinopse mais maravilhosa de que se tem notícias e é claro que muita gente vai começar a leitura a partir dela: “Uma história de amor entre um nerd e uma prostituta num prédio mal-assombrado”. 

Mas, atenção, ao longo do livro a gente percebe que não apenas a sinopse é muito boa, a história também é divertidíssima e os personagens são uma loucura de tão bons. É quase impossível não se identificar com algum deles.

Leia a resenha completa aqui

Felipe Barenco é nosso autor do mês de junho e queremos muito que você nos conte: já leu os livros dele? Gostou?

Nós amamos! 

Aproveite e vem conhecer os autores brasileiros que já passaram por aqui.

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