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[Resenha] – Escuridão total sem Estrelas- Stephen King

por Josi Gonçalves
4 minutos de leitura

ESCURIDÃO TOTAL SEM ESTRELAS

Sabe quando um livro te prende e rapidamente se torna seu queridinho? Comigo isso aconteceu recentemente com o incrível Escuridão Total Sem Estrelas, do Stephen King. Ele já me arrebatou pela capa e você pode conferir o que eu falei dela aqui . Eu vi algumas resenhas sobre ele, sempre falando muito bem, o que me deixou curiosa. Além disso, é um livro de contos e eu gosto muito dos contos do King. Pra ser sincera, acho que muitas vezes ele se sai melhor nos contos. Ele é muito detalhista e em um conto, por ser menor, acaba tendo que focar mais no enredo, ser mais objetivo.

Escuridão Total Sem Estrelas é composto de quatro contos em que imperam a ganância, vingança, inveja, as mentiras, e, claro, o medo! O primeiro, “1922”, narra a história do fazendeiro Wilfred James, que após sua esposa herdar 100 acres de terras e decidir que quer vendê-las para um grande abatedouro de porcos e se mudar para a cidade, começa a pensar em como fazer para que ela mude de ideia, visto que ele abomina a ideia de morar em uma cidade grande ou de viver ao lado de uma empresa como essa. Ele  toma uma decisão drástica que é o pontapé para as insanidades que virão. É o maior conto do livro, com quase 150 páginas. Sua narrativa é toda envolta em culpa, desesperança e pavor. Com certeza, ao fim da leitura de “1922”, você vai começar a pensar mil vezes antes de tomar uma atitude. E olha que incrível, a Netflix produziu um filme baseado neste conto. Confira o trailer de 1922! E dá uma olhadinha também no comparativo que fizemos entre o conto e o filme, aqui. 

Em seguida somos apresentados à escritora Tessa, no conto “Gigante do Volante”. Ela é uma escritora relativamente conhecida, que após uma palestra pega um atalho para voltar pra casa e é estuprada e deixada para morrer por um estranho.  A partir daí, Tessa embarca em um redemoinho de descobertas e ódio que vai deixar você de queixo caído. Esse conto exige muita atenção para que se perceba como a protagonista vai se transformando. É cheio de detalhes e conversas que nos permitem ver como o lado psicológico de uma pessoa pode ser totalmente afetado após traumas fortes como o vivido por ela. Além disso, é uma história que provoca em nós um nó no estômago, mas em contrapartida, nos permite aquela gostosa sensação de justiça feita.  

Em “Extensão justa”, o terceiro e menor conto do livro, Dave, um doente terminal, faz um pacto com um senhor desconhecido, que ele conhece durante um passeio, por uma ‘extensão de vida’. Parece muito estranho, mas é isso mesmo que o vendedor, de nome Odabi, vende, extensões dos mais variados tipos. Contudo, tudo tem um preço. Só que Dave está disposto a pagar. Esse conto é o mais ágil do livro e os acontecimentos vão te deixar até sem fôlego. 

E por último, em “Um bom casamento”, Darcy, uma mulher muito bem casada há mais de 20 anos, encontra na garagem uma caixa escondida pelo marido e descobre que não importa o tempo que passe ao lado de uma pessoa, você nunca vai conhecê-la plenamente.   Esse último  já se tornou filme também. Assista ao trailer.

Nesse livro que faz total jus a seu nome, King entrega narrativas densas, indigestas, em que imperam a desesperança e os piores sentimentos humanos.  

 

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