Anna Wren – O Príncipe Corvo
Atrevida, corajosa, caridosa e empoderada. Essas são algumas das características que fizeram de Anna Wren, a mocinha do livro O Príncipe Corvo, a minha crush literária.
Anna vive em uma época em que ser submissa é uma virtude para as mulheres. Alguns comportamentos que nos tempos de hoje é normal, como ganhar dinheiro e sustentar uma casa , naquela época colocaria a honra de uma mulher a prova.
Um bom exemplo disso é uma dama trabalhar para um homem solteiro. Aliás, o único trabalho que uma mulher poderia desenvolver sem colocar seu nome em risco na época, era os afazeres domésticos.
Mas Anna já começa contrariando a sociedade, quando decide ser secretária, o que na época era um trabalho para homem, do Conde Edward Raff, que assim como ela, também era um homem viúvo e sozinho.
Não satisfeita, a mocinha resolve hospedar em sua casa uma mulher de vida fácil, que estava precisando de ajuda, contrariando todo decoro imposto pela sociedade.
Anna decide contrariar todos e enfrentar as consequências para viver o amor, e também para não suprimir suas vontades físicas, ou seja, era uma mulher à frente do seu tempo.
“Raiva. Anna sentiu raiva. A sociedade poderia não esperar o celibato do conde, mas certamente esperava isso dela. Ele, por ser homem, poderia ir a casas de má reputação e aprontar por toda a noite com criaturas sedutoras e sofisticada. Enquanto ela, por ser mulher, deveria ser casta sem nem ao menos pensar em olhos escuros e peitos cabeludos. Simplesmente não era justo. Nem um pouco justo.” (Pág. 55)
Anna Wren é aquele personagem que inspira e possui todos os defeitos de uma mulher perfeita. Que busca escrever e viver sua própria história sem prejudicar outras pessoas. Sem dúvida uma mocinha de época fora do comum, mas real, que certamente foram bem representadas na literatura.
No romance, o protagonista é O Príncipe Corvo, mas quem rouba a cena é a força do empoderamento feminino da personagem Anna Wren.
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