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BookTag: Liga da Justiça

por Dexter Rodrigues
6 minutos de leitura

Não sei como foi traduzido o título do novo filme da DC, mas se pudesse sugerir, certamente eu diria que deveria se chamar: Liga da Justiça: do SBT para o telão.

O filme, que estreia nesta quarta (15/11), tem algo semelhante ao que encontrávamos na animação Liga da Justiça sem Limites, o tom leve e bem humorado em que o drama de Batman vs Superman foi deixado para trás. Flash, interpretado por Ezra Miller, um dos atores recentes mais queridos pelo público, por sua versatilidade e talento inegável, traz boa parte do humor presente no longa, mas Diana, a Mulher Maravilha de Gal Gadot, o Cyborg (Ray Fisher), Aquaman (Jason Momoa) e o Batman, que divide opiniões na interpretação de Ben Affleck, têm seus momentos de alívio cômico, típico da animação que assistíamos em meados dos anos 2000.

Boa parte do público desejava exatamente isso, uma Liga da Justiça menos dramática, que se apoiasse no carisma dos personagens e fomos atendidos.

A Liga da Justiça era um dos filmes mais aguardados do ano e chegou com a presença de alguns dos mais importantes super-heróis da DC. Antes mesmo da esperada reunião da Liga, temos cenas em que os personagens aparecem cada um cuidando de suas próprias vidas. A sequência acontece muito rápido, deixando uma sensação de cenas picadas e um pouco perdidas.

Quando enfim a Liga se junta, o objetivo é destruir o Lobo da Estepe, um alienígena que está à procura das três Caixas Maternas para dominar o planeta. E, o objetivo do vilão é exatamente esse! Usando um tom de superioridade e sempre os mesmos argumentos sem um propósito claro, o vilão fica perdido na história e decepciona bastante. Afinal, para uma Liga que reúne grandes super-heróis, esperávamos um super vilão. E, estamos esperando até agora! 

Mas, ok! Cada um com seus próprios motivos e todos contra o Lobo da Estepe, os membros da Liga da Justiça se unem e essa união é bem interessante. Rola uma química legal entre os personagens, com momentos que vão de conflitos a descontrações. Uma surpresa – não diria positiva – é o Batman, que sai um pouco do personagem conhecido da galera e aparece piadista e menos sombrio do que estamos acostumados. Em algumas cenas, ele entra na onda dos personagens Flash e Aquaman, que insistem em dar uma ênfase desnecessária em dizer que o Batman é apenas rico e não tem poderes. Como de praxe em filmes de super-heróis, – e não poderíamos esperar nada diferente – há muitas cenas de luta, combates e explosões.  

No geral, o filme é interessante e surfa na onda da Marvel que compartilhou seus personagens em superproduções de sucesso. Voltando ao lado cômico presente no filme, algumas das piadinhas do Flash se saem bem, como a citação de Cemitério Maldito e os comentários sobre o mundo que envolve o Batman, por exemplo. O jovem fica bem impressionado em ser um super-herói e se sai muito bem como membro da Liga da Justiça. O Aquaman de Jason Momoa tem uma pegada bem interessante e engraçada, do tipo um pouco rebelde até. Mulher Maravilha continua incrível – apesar das cenas em câmera lenta que envolvem a personagem – e Cyborg também não deixa a desejar.   

Ah… não saia do cinema às pressas, são duas as cenas pós-créditos. A segunda com maior importância. Então… fique até o último minuto e bom filme!

Em comemoração à esse filmaço, preparei uma BookTag especial, se liga:

1 – Batman: Um livro sobre pessoas ricas.

Uma história intrigante sobre jovens ricos que cometem assaltos à casas de famosos como Lindsay Lohan e Orlando Bloom e levam artigos de luxo, como relógios Rolex e bolsas Louis Vuitton. Bling Ring – A Gangue de Hollywood, de Nancy Jo Sales, é uma versão do artigo da jornalista que entrevistou a gangue e as vítimas, se tiver interesse, assista ao filme com Emma Watson.

2 – Mulher Maravilha: Um livro cheio de verdades.

Eu Não Sei Lidar, primeiro livro de Lucas Silveira, parece ter sido escrito sob efeito do Laço da Verdade de Diana Prince, tamanha sua capacidade de te fazer refletir sobre tudo o tempo todo.

3 – Aquaman: Um livro em que a água é importante.

O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman, foi o primeiro livro do autor que li e foi uma leitura tão simples mas tão profunda quanto o Oceano de Lettie Hempstock, que por meio de alegorias mostra a separação entre a vida adulta e a infantil e a busca pela identidade própria.

4 – Cyborg: Um livro com robôs.

Eu, Robô é uma coletânea de contos que se amarram entre-si contando sobre a evolução dos robôs, escrito pelo russo Isaac Asimov, este é o livro que contém as três leis da robótica, que são usadas amplamente por outros autores.

5 – Flash: Um livro que você leu rápido demais.

Extraordinário, da R. J. Palacio, é um livro que não toma muito tempo e provoca muita reflexão, você respira fundo ao começar e fica sem fôlego perto do fim.

6 – Superman: Um livro que você passou muito tempo esperando aparecer.

Filhos do Éden – Paraíso Perdido, encerra e renova o ciclo de livros de Eduardo Spohr e de 2013 a 2015 eu aguardei ansiosamente pelo desfecho da aventura de Denyel, Kaira e do restante do Coro que os acompanha na missão de salvar a humanidade de um plano milenar.

E você? Quais são seus livros da lista Liga da Justiça?

Confira nossas outras listas aqui.

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