A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata: Vale a pena assistir?
Raramente dou prioridade para os lançamentos da Netflix, tenho tanta série e filmes na minha lista que quando consigo assistir os recém lançados no catálogo da rede de streaming, eles já foram assistidos por todo mundo e às vezes a sequência já saiu ou foi cancelada. Felizmente, não foi o caso do filme A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata.
Vale lembrar que esta é mais uma adaptação literária produzida pela Netflix, que tem investido pesado neste segmento E nós leitores estamos amando! O livro A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata foi publicado pela editora Rocco.
Diversos motivos podem ter influenciado a assistir ao filme logo que foi sugerido, deixando de lado a terceira temporada de The Ranch, Rita e Brooklin 99, vamos à uma pequena lista:
1 – ambientação pós-guerra;
2 – um nome inusitado;
3 – LIVROS!
Sinopse de A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata
O original Netflix é um filme inspirado no livro homônimo de Annie Barrows e Mary Ann Shaffer publicado em 2009 pela Rocco no Brasil, (The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society, no original em inglês), e narra a história de Juliet Ashton (Lily James) uma escritora na Londres de 1946 que decide visitar Guernsey, uma das Ilhas do Canal invadidas pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, depois que ela recebe uma carta de um fazendeiro, criador de porcos, contando sobre como um clube do livro local foi fundado durante a guerra. Lá ela constrói profundos relacionamentos com os moradores da ilha e decide escrever um livro sobre as experiências deles na guerra.
É nárnia sem leão?
Durante o filme fui transportado diversas vezes para um dos meus ambientes favoritos: a Londres de “As Crônicas de Nárnia”. É possível invocar um perfume de páginas amareladas, daquelas com uma rosa ressecada pelo tempo em seu miolo, as cores, o ambiente, as roupas… dá aquela saudade momentos que não vivemos, sabe?
Vale muito a pena se você gosta de fantasia mas não gosta muito de romances, como eu. Mas as semelhanças param por aí, o filme tem um clima adulto e mostra bastante as relações dos moradores de Guernsey cada um com seu perfil e histórias pessoais bem desenvolvidas e exploradas durante o filme.
Séries com pegada retrô precisam investir em bons cenários. E aqui eles são deslumbrantes, de tirar o fôlego. Tanto a parte que mostra a Londres antiga, quanto as paisagens da ilha de Guernsey. É pra dar “pause” e admirar as belas locações e continuar assistindo. Uma sensação que a série, também inspirada em livros, “Outlander” nos dá. A escolha dos cenários encanta e dá uma veracidade absurda a trama.
E os atores?
Alguns rostos bem conhecidos como o da jovem atriz britânica Lily James, em cartaz nos cinemas com a continuação de Mamma Mia, o holandês Michiel Huisman (Game Of Trones e a Incrível história de Adaline), o britânico Matthew William Goode (The Crown e Downton Abbey), e uma figurinha carimbada nas produções recentes da Netflix, o americano, Glen Powell (O plano imperfeito e Estrelas além do tempo). Com os personagens bem desenvolvidos, eles não tiveram problemas nas atuações. Se encaixaram perfeitamente na pele dos moradores da pacata ilha de Guernsey e da sociedade londrina.
Vale a pena assistir?
A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata, além de ter uma trama interessante e cativante (nem parece ter mais de duas horas) é um alívio para a alma de aficionados por livros, como nós, e dá vontade de adquirir todos os volumes apontados no filme, e encher a nossa casa de mofinhos. E produções lindas como esta, capazes de despertar um desejo tão grande de adquirir livros, é, claramente, uma nova esperança de que mais e mais pessoas tomem gosto pela leitura.
Gosta de adaptações literárias? Temos uma coluna especial para falar sobre elas. Acesse aqui