A Menina e o Trem mistura realidade e ficção para narrar a assombrosa história do Hospital Colônia de Barbacena
Barbacena, no interior de Minas Gerais, abrigou o Hospital Colônia, o maior manicômio do país. Estima-se que pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no local, durante os quase 90 anos de funcionamento. Essa triste história é contada na obra A Menina e o Trem, de Evandro Aléssio.
As ações inapropriadas do hospital faz ele ser comparado aos campos de concentração nazista. As mortes no manicômio foram proporcionada pelas violências e péssimas condições que as pessoas internadas estavam sujeitas. E, ao contrário do esperado, a maioria das pessoas que foram internadas não tinham problemas psiquiátricos. Eram idosos, deficientes, moradores de rua, alcoólatras e até pessoas que as famílias queriam esconder, como mães solos.
Filha de um riquíssimo fazendeiro no interior de Minas Gerais, a jovem Júlia é atormenta por pesadelos com trens nazistas. Ela se apaixona por um camponês e fica grávida, contrariando os valores de sua família. Para esconder a situação, ela é enviada para o manicômio.
Naquela madrugada de Barbacena, a baixíssima temperatura teve a feição de um Anjo da Morte, com capa, capuz negro e uma longa alfange na mão. Levou dezessete pacientes que dormiam, nus, sob a tortura do capim afiado, tal como em um estábulo de uma fazenda de gado. Trecho do livro, pg. 177.
A obra é o resultado de 16 anos de escrita e pesquisa, contando com entrevistas com psiquiatras. O livro está disponível na Amazon.
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