A Maldição da Mansão Bly: terror ou história de amor?
Quando o assunto é o terror, existe uma linha muito tênue entre o que é bom e o que é aquele clichê que não surpreende mais ninguém. Isso não quer dizer que o clichê não seja bom, e, sim, que é preciso saber usá-lo de forma a surpreender o telespectador. Confuso? Então, vou explicar usando como exemplo A Maldição da Mansão Bly, uma série de nove episódios lançada pela Netflix no mês passado.
Além de ser uma história envolvente, há quem, assim como eu, a considere uma surpresa por ser um misto de drama e terror na medida certa.
Maldição da Mansão Bly: o clichê bem usado
Casarões, mansões e casas em locais afastados da sociedade são clássicos cenários de filmes de terror. Para exemplificar, podemos citar “Os Outros” (2001), “Boneco do Mal” (2016), “Invocação do Mal” (2013) e “O Iluminado” (1980). E, sim, quando bem explorado, esses lugares são grandes aliados para o sucesso de uma produção audiovisual. Afinal, quem não teria medo de entrar num corredor e dar de cara com um fantasma, não é mesmo? Ainda mais quando a saída da casa está a três andares de distância.
A Maldição da Mansão Bly, como o próprio nome já diz, se passa em uma mansão. Mas, com promessa de ser um terror, a série apresentou muito mais, saindo do clichê, fugindo do óbvio e surpreendendo o telespectador. Isso porque ao longo dos nove episódios, Mike Flanagan, escritor e diretor, explorou muito mais do que fantasmas e espíritos.
A Maldição da Mansão Bly é também uma história de amor, amizade e cumplicidade. Todos esses aspectos são apresentados em diversos momentos, sendo capazes de levar o telespectador às lágrimas ao terminar de assistir à série.
O mais legal é que A Maldição da Mansão Bly chegou a Netflix com uma expectativa bem alta. Ela é sucessora de A Maldição da Residência Hill, do mesmo diretor. Podemos dizer que é uma segunda temporada, mas com outra história, já que a primeira [A Maldição da Residência Hill] teve início, meio e fim, sem espaço para uma continuação. Parte dos atores estão presentes nas duas temporadas, e isso é também uma forma de ligá-las.
Como citado, muitas pessoas que, assim como eu, gostaram da primeira temporada, depositaram grandes expectativas na segunda temporada. E, acredite, as expectativas foram supridas. Parabéns aos envolvidos. A Maldição da Mansão Bly é daquelas séries que envolvem e, sobretudo, é boa demais para maratonar.
A história
A série traz Dani Clayton, vivida por Victoria Pedretti, como uma babá contratada para cuidar dos órfãos Flora (Amelie Bea Smith) e Miles (Benjamin Evan Ainsworth) na Mansão Bly. Logo, Dani percebe que as crianças possuem um comportamento estranho e que há algo errado no local. A história se passa no ano de 1987, na Inglaterra, e é inspirado no conto A Volta do Parafuso, do escritor Henry James.
Confira o trailer:
A Maldição da Mansão Bly é simplesmente esplêndido e, assim como A Maldição da Residência Hill, tem fantasmas espalhados pelas cenas. Por isso, assista com bastante atenção, e depois vem cá me contar o que achou da série, Combinado?
Eu mal posso esperar pela terceira temporada! Enquanto isso, que tal maratonar outras séries? Tem dicas aqui!